"Estudo diz que trabalhadores têm poder a mais e prejudicam lucro das empresas"
Aqui está um estudo verdadeiramente interessante e pertinente que certamente
constituirá um dos melhores exemplos do que Pires de Lima e Nuno Crato entendem
por investigação.
Um trabalho, com o título "Concorrência na economia
portuguesa: estimativas para as margens de preço-custo em mercados de trabalho
imperfeitos", realizado por dois economistas do Banco Central Europeu vem
demonstrar que o poder negocial dos trabalhadores portugueses é demasiado
elevado o que, naturalmente, prejudica os lucros das empresas. Aliás, o milhão
e meio de desempregados demonstra cabalmente esta tese.
O Estudo destes dois génios da economia incentiva e fornece
a imprescindível base científica, estão a ver para que ser ver a investigação
aplicada nas empresas, para que aumente a desregulação dos salários, para que
se desregule por completo a contratação de pessoas, para que o despedimento
seja como o Natal, quando um homem quiser, para que a precariedade seja a regra
e usada sem qualquer limite, para que as horas de trabalho sejam fixadas exclusivamente
pelas empresas, etc.
De acordo com estas duas geniais figuras, João Amador e Ana Cristina Soares, este é o caminho que permitirá
“introduzir mais concorrência entre trabalhadores, em benefício do valor
acrescentado das empresas.”
Dito de outra maneira, colocando os trabalhadores a lutar
entre si pelo acesso a uma migalha que lhes asseguraria a sobrevivência, baixarão
os custos do trabalho e, consequentemente, subiria e muito, o lucro da empresa,
Eu, sem que seja um especialista nestas matérias, julgo que
só algum pudor natalício dos génios João Amador e Ana Cristina Soares lhes terá
inibido a apresentação da proposta fundamentada cientificamente do recurso à
escravatura como forma de baixar os custos do trabalho.
Lá chegaremos.
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