terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O INFERNO FISCAL PARA PORTUGUESES, O PARAÍSO FISCAL PARA ESTRANGEIROS. É a economia, ESTÚPIDO

"Nunca os impostos tiraram tanto rendimento disponível às famílias"

Ao que nos vão dizendo, está a correr muito bem a ideia de oferecer benefícios ficais em Portugal a pessoal estrangeiro, no activo ou reformados. O público alvo está a aderir e espera-se que, como dizia o Paulo Futre, charters cheios de gente aterrem nos nossos aeroportos à procura do paraíso fiscal, nós recebemo-los no inferno ... fiscal. Deve estar certo.
É uma matéria certamente difícil para um cidadão normal, mas não percebo bem como se esmaga as famílias portuguesas até ao limite com uma carga brutal de impostos e se arranjam umas “baldas” fiscais muito simpáticas para estrangeiros qualificados e reformados.
Mas é mesmo uma orientação séria e assumida, ainda há pouco tempo o Geniozinho Pedro Lomba, Secretário de Estado Adjunto do Génio Poiares Maduro, Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, propôs atribuir ao Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural a função de aliciar estrangeiros "de elevado potencial" a vir para Portugal, incluindo estudantes e reformados.
Na verdade é melhor esquecer os muitos milhares de pessoas, sobretudo jovens e muito qualificados que têm partido por não vislumbrarem futuro em Portugal. Aliás, a recente decisão relativa ao financiamento de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento vai, certamente, empurrar para fora do país mais uns milhares de jovens altamente qualificados o que tem impactos fortíssimos em termos de economia e desenvolvimento. Nada de relevante, não fazem cá falta, seduzem-se uns quantos estrangeiros ricos.
O investimento é na atribuição de baldas fiscais a estrangeiros, não é estruturar regimes fiscais, envolvendo impostos directos ou indirectos, mais simpáticos para as famílias e empresas portuguesas e que seriam verdadeiramente promotores de crescimento e desenvolvimento económico.

Esta gente pode até nem ser muito competente, mas, pelo menos, poderiam gostar de nós, portugueses, a quem já chamaram “o melhor povo do mundo”.

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