Um estudo realizado pela DECO sobre o preço de medicamentos não sujeitos a receita médica veio, sem surpresa, creio, mostrar que num pacote de 19 medicamentos, a diferença de preços entre farmácias e grandes superfícies chega aos 20 % o que é um valor bastante significativo e superior ao que eu, um cidadão comum, anteciparia.
Esta situação, o que foi divulgado não permite perceber, considerando que por lei nenhum produto pode ser vendido a baixo do preço de produção, pode estar, eventualmente, relacionada com a escala, o volume de produtos comercializados que pode fazer baixar margens ou então com os preços praticados pelas farmácias que, numa lógica de "cartelização" não provada como é habitual em Portugal, são operados com margens de comercialização excessivamente "simpáticas", por assim dizer.
Por outro lado, Portugal é um dos países com taxas mais elevadas de consumo de fármacos, sendo que boa parte deste consumo decorre da auto-medicação, um costume enraizado com base nos conselhos do vizinho.
No entanto, parece também necessário não esquecer que em Portugal temos mais de um quinto da população em risco de pobreza sendo que dessa franja, boa parte é a população mais idosa que além dos menores recursos económicos é também a maior consumidora de fármacos.
Neste contexto, creio que seria interessante o desenvolvimento de iniciativas que visassem um consumo mais regulado dos medicamento, quer nos preços, quer no volume.
2 comentários:
Não se pode comparar o que não é comparável.
Um cidadão comum não tem informação especializada mas os preços são comparáveis
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