No âmbito do Mês de Prevenção dos Maus Tratos na Infância e Juventude e a convite da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção
das Crianças e Jovens participei ontem num debate após a apresentação do filme de
António Borges Correia “Os olhos de André” que aconselho.
Em síntese e tentando ler o que os olhos do André nos dizem algumas
ideias.
Uma família é um bem de primeira necessidade na vida das
pessoas, em particular das crianças.
Citando Bronfenbrenner, "Para que se desenvolvam bem, todas as crianças precisam que alguém
esteja louco por elas".
Recuperando mais uma vez a feliz expressão de Laborinho
Lúcio, “Só as crianças adoptadas são
verdadeiramente felizes. Felizmente, a grande maioria dos pais adopta os seus
filhos.”
A regulação parental e a resposta em situações de risco deve
ponderar cautelosa e imprescindivelmente os factores de protecção e os factores
de risco presentes em cada situação à luz do superior interesse da criança o
que nem sempre parece acontecer.
A comunidade pode ser um desses factores de protecção a
mobilizar e incentivar.
Um lamento, como quase sempre acontece, a audiência era
composta exclusivamente por técnicos a intervir neste universo.
Como sempre digo, discutimos em circuito fechado o que
deveria, tanto quanto possível, ser discutido em circuito aberto, os tratos das
crianças é uma matéria da comunidade e não um exclusivo das instituições ou dos
técnicos.
Um dia vai ser diferente e as crianças e jovens terão melhores tratos.
Sem comentários:
Enviar um comentário