quinta-feira, 20 de abril de 2017

OS OLHOS DE ANDRÉ

No âmbito do Mês de Prevenção dos Maus Tratos na Infância e Juventude e a convite da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens participei ontem num debate após a apresentação do filme de António Borges Correia “Os olhos de André” que aconselho.
Em síntese e tentando ler o que os olhos do André nos dizem algumas ideias.
Uma família é um bem de primeira necessidade na vida das pessoas, em particular das crianças.
Citando Bronfenbrenner, "Para que se desenvolvam bem, todas as crianças precisam que alguém esteja louco por elas".
Recuperando mais uma vez a feliz expressão de Laborinho Lúcio, “Só as crianças adoptadas são verdadeiramente felizes. Felizmente, a grande maioria dos pais adopta os seus filhos.”
A regulação parental e a resposta em situações de risco deve ponderar cautelosa e imprescindivelmente os factores de protecção e os factores de risco presentes em cada situação à luz do superior interesse da criança o que nem sempre parece acontecer.
A comunidade pode ser um desses factores de protecção a mobilizar e incentivar.
Um lamento, como quase sempre acontece, a audiência era composta exclusivamente por técnicos a intervir neste universo.
Como sempre digo, discutimos em circuito fechado o que deveria, tanto quanto possível, ser discutido em circuito aberto, os tratos das crianças é uma matéria da comunidade e não um exclusivo das instituições ou dos técnicos.
Um dia vai ser diferente e as crianças e jovens terão melhores tratos.


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