quarta-feira, 19 de abril de 2017

INSISTO. VACINAR OU NÃO VACINAR NÃO PODE SER UMA OPÇÃO

Há dias coloquei o texto que se segue no Atenta Inquietude. O desenvolvimento posterior desta questão obriga a que insista na mensagem, vacinar ou não vacinar não pode ser uma opção, vacinar é uma obrigação em nome do bem estar e da saúde, sobretudo dos mais novos.
O surgimento de alguns casos de sarampo já com uma morte de uma adolescente faz reentrar na agenda a questão da vacinação das crianças. A Apesar de ainda não parecer algo de preocupante também em Portugal começa a emergir alguma discussão relativamente à vacinação.
Estima-se que mais de quatro mil crianças em Portugal não sejam anualmente vacinadas.
Como é sabido existe um Plano Nacional de Vacinação e Portugal tem, felizmente, uma taxa bastante elevada de vacinação nas crianças, cerca de 95%.
Noutros países e até com mais significado também se assiste à emergência de movimentos que levam a que muitos pais recusem vacinar os filhos e por cá também se ouvem opiniões nesse sentido e pais que não procedem à vacinação dos filhos como já foi referido. Alguns dos recentes casos de sarampo parecem atingir crianças não vacinadas.
Recordo que há algum tempo se verificou um surto de sarampo nos Estados Unidos com resultados preocupantes pois atingiu estados em que os pais podem recusar as vacinas.
Não sendo especialista, sei que as vacinas contêm alguns riscos que basicamente estarão controlados e sei também que existem interesses brutais em jogo, designadamente por parte das farmacêuticas e laboratórios. No entanto, parece-me que a vacinação representa um ganho civilizacional que poupa a morte a muitos milhares de crianças pelo mundo inteiro e quando reparamos na taxa de mortalidade infantil verificada em países que não conseguem assegurar campanhas de vacinação generalizadas percebemos isso com clareza. Os testemunhos de gente conhecedora, como Mário Cordeiro ou Gomes Pedro mostram isso mesmo.
Assim sendo, é sempre com alguma preocupação que em nome de valores, certamente legítimos mas que necessitam de ponderação, se possa decidir por comportamentos que manifestamente são causadores de riscos para as crianças.
Ainda no mesmo âmbito recordo também um movimento emergente que defende a realização de partos em casa que, evidentemente, tem merecido a condenação de enfermeiros e médicos devido aos elevados riscos envolvidos para bebés e mães. Também nesta matéria sabemos dos interesses económicos em jogo traduzidos, por exemplo, numa altíssima taxa de cesarianas que parece agora com tendência para baixar.
O povo costuma dizer que "com a saúde não se brinca". Não estamos a falar, obviamente, de brincadeiras mas estamos a falar de decisões que são de uma enorme responsabilidade e que podem levar como aconteceu recentemente no Reino Unido que o Tribunal Superior de Justiça por iniciativa do pai das crianças obrigasse a mãe a aceitar que os filhos fossem vacinados.
Trata-se como sempre do superior interesse da criança. Importa que nós os que trabalhamos na área da educação ou da saúde tenhamos uma maior atenção a estas matérias.

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