Imaginava-se com ela todos os
dias, todo o dia. Não se cansava de olhar para as inúmeras fotografias dela,
coleccionava-as desde que a vira pela primeira vez.
Ansiava estar perante o brilho
que ela irradiava. Contava os minutos para a poder acariciar e, quando tal
acontecesse, iria sentir-se a pessoa mais feliz do mundo.
A toda a hora, antecipava como
seria extraordinário vê-la, ouvi-la. Pensava que a trataria com um cuidado,
assegurava para si próprio, que nunca usou na sua vida. Já conheceu algumas
antes, mas nada de parecido com ela, a que ia chegar.
Todos os dias ao acordar o
primeiro pensamento era para ela e, quando adormecia, era também ela que lhe
embalava o sonho.
Finalmente, quando a espera já
era insuportável, ela apareceu.
Estava à sua frente a
PlayStation, último modelo, que os pais lhe tinham prometido se tivesse
positiva a tudo no segundo período.
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