Ontem por Loures em mais uma
conversa ao fim da tarde com pais de alunos de uma escola do 1º ciclo.
Nas muitas coisas que a lida
profissional me solicita, o trabalho com os pais é uma das mais estimulantes.
Buscar por um inexistente manual
de instruções para lidar com os filhos, ajudar a construir um caminho que os
leve sem grandes sobressaltos ao futuro, dá sempre origem a histórias e
inquietações que partilhadas ajudam a pensar e a fazer.
Acordámos em quatro ideias
simples e que parecem bons contributos.
Educar pode traduzir-se em ajudar
alguém a tomar conta de si próprio. Assim, a autonomia é o fio estruturante da
acção educativa e começa no berço. Quanto mais autónomos mais autodeterminados
e auto-regulados as crianças e jovens serão, menos será necessário "tomar
conta deles", eles saberão tomar conta de si de forma adequada
O afecto é imprescindível, não
existe "afecto a mais" ou, noutra versão, "mimos a mais".
Existe mau afecto e mau mimo e mau porque é tóxico, faz mal e não por ser
muito.
As regras e os limites são bens
de primeira necessidade. Tal como com os afectos, nenhuma dieta educativa pode
prescindir de regras e limites.
A educação, escolar ou familiar,
assenta relação que tem como ferramenta essencial a comunicação. A comunicação
é essencial, em qualquer idade.
Foi bonita a conversa, pá, fiquei
contente. Até havia, simpatia da Direcção da escola e da Asociação de Pais, chá, café e bolinhos.
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