Foi divulgado pela OCDE o
terceiro volume de resultados obtidos a partir dos dados do PISA de 2015. Este volume é dedicado ao “Bem-estar dos adolescentes”.
Numa primeira apreciação umas
notas breves.
Face à média da OCDE, verificam-se
alguns desvios não surpreendentes, caso da maior ansiedade face a avaliação, da
mais baixa expectativa face à conclusão de um curso superior por exemplo.
Estes resultados poderão estar
associados à existência para os alunos que responderam de múltiplos
dispositivos de avaliação externa, a maior fonte de ansiedade e do baixo nível
de escolaridade dos pais, variável associada às baixas expectativas dos filhos
face a trajectos escolares mais longos e bem-sucedidos.
Um dado curioso remete para o
facto dos adolescentes portugueses se afirmarem mais “dependentes” da net mas
passam um tempo médio online quando comparados com os alunos dos outros países.
De resto e dentro da média
mostram-se satisfeitos com a vida, e acima da média sentem que “pertencem” à escola
e menos envolvidos em situações de bullying.
É ainda de registar que 90 % dos
alunos portugueses afirmam que realizam pelo menos uma refeição conjunta com os
pais, a média da OCDE é de 82% e 92% dizem que os pais falam regularmente com
eles depois da escola face 86.1% verificado na OCDE.
O conjunto dos dados parece
sustentar que a vida escolar e familiar na percepção dos alunos é globalmente
positiva e satisfatória tal como no volume anterior tinha ressaltado a
percepção positiva sobre o trabalho dos professores.
Surge-me uma pequena dúvida. Será
que a forma como estes adolescentes percebem a sua vida escolar e familiar é
coerente com a percepção que nós adultos, de forma geral, temos das mesmas
questões?
Sabemos que a escola não é um
paraíso mas também não é o inferno para o qual todos os dias os nossos filhos e
netos são enviados.
É apenas a instituição que lhes ajuda a construir o futuro, não é coisa pouca.
É apenas a instituição que lhes ajuda a construir o futuro, não é coisa pouca.
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