segunda-feira, 24 de abril de 2017

DA DIVERSIDADE DOS ALUNOS

Como muitas vezes tenho escrito a característica mais presente em qualquer sala de aula das nossas comunidades é a diversidade entre os alunos.
Essa diversidade é de uma enorme latitude e envolve também um grupo a que nem sempre damos a devida atenção, as crianças sobredotadas.
De facto, não existirão tantas crianças com capacidades acima da média e em diferentes domínios como, por vezes, os pais têm a tentação de afirmar, mas na verdade existem crianças e adolescentes que tendo capacidades acima dos seus pares e com diferentes expressões sentem sérias dificuldades na sua estadia na escola.
Não é impossível que algumas destas crianças possam passar por situações de insucesso ou dificuldades no comportamento e quadros de frustração.
O Público traz hoje um trabalho sobre este universo para o qual me solicitou uma pequena colaboração.
Sem ser um especialista nesta área, a sobredotação, entendo que a única forma de responder à diferença entre os alunos é diferenciando o trabalho educativo, diferenciando as respostas educativas, construir modelos curriculares de natureza mais aberta e flexível tal como definir dispositivos de avaliação também com algum nível de diferenciação e, finalmente ter modelos de autonomia e organização escolar reais bem como dispositivos de apoio competentes e suficientes.
Este cenário, enunciado a propósito dos alunos sobredotados, é a melhor forma de acomodar as diferenças entre os alunos, qualquer que seja a sua expressão, e promover, de facto, uma educação inclusiva que idealmente não deixe ninguém para trás.
Como sempre digo o insucesso e a exclusão escolar são quase sempre “apenas” a primeira etapa da exclusão social.

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