sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

UM RAPAZ CHAMADO HOMENZINHO

Era uma vez um rapaz chamado Homenzinho. Desde pequeno que assim era, um Homenzinho. A família achava-lhe imensa graça, tão pequeno e já um Homenzinho.
Ele não brincava com os seus colegas, tomava conta deles, e até de forma mais cuidadosa que alguns adultos. O Homenzinho mostrava um sentido de responsabilidade e um tipo de comportamento próprios, claro, de um Homenzinho e não da idade que tinha.
Os adultos incentivavam e o Homenzinho cada vez mais e mais depressa parecia um Homenzinho.
Na escola, a sua acção era do mesmo tipo, muito responsável para a idade, diziam alguns dos professores. Muito maduro e equilibrado afirmavam outros professores verificando que o Homenzinho não mostrava falhas.
Não tinha muitos amigos, aliás, não tinha amigos, os colegas achavam o Homenzinho um chato desinteressante.
Na escola, apenas uma pessoa, o Professor Velho, o que está na biblioteca e fala com os livros, não se deixava fascinar pela forma como o Homenzinho funcionava. E ia avisando, o Homenzinho está a esquecer-se de algo que lhe faz muita falta antes de chegar a grande. Ninguém parecia entendê-lo.
Um dia, sem se perceber muito bem porquê o Homenzinho começou a fazer disparates e a mostrar comportamentos que nunca ninguém lhe vira. Ninguém conseguia segurá-lo e ainda hoje continua.
O Professor Velho tinha razão, o Homenzinho crescera tão depressa que se esquecera de brincar e agora não conseguia parar,  sem sabia como brincar, fazia disparates a sério.

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