Era uma vez um rapaz chamado
Homenzinho. Desde pequeno que assim era, um Homenzinho. A família achava-lhe
imensa graça, tão pequeno e já um Homenzinho.
Ele não brincava com os seus
colegas, tomava conta deles, e até de forma mais cuidadosa que alguns adultos.
O Homenzinho mostrava um sentido de responsabilidade e um tipo de comportamento
próprios, claro, de um Homenzinho e não da idade que tinha.
Os adultos incentivavam e o
Homenzinho cada vez mais e mais depressa parecia um Homenzinho.
Na escola, a sua acção era do
mesmo tipo, muito responsável para a idade, diziam alguns dos professores.
Muito maduro e equilibrado afirmavam outros professores verificando que o
Homenzinho não mostrava falhas.
Não tinha muitos amigos, aliás,
não tinha amigos, os colegas achavam o Homenzinho um chato desinteressante.
Na escola, apenas uma pessoa, o
Professor Velho, o que está na biblioteca e fala com os livros, não se deixava
fascinar pela forma como o Homenzinho funcionava. E ia avisando, o Homenzinho
está a esquecer-se de algo que lhe faz muita falta antes de chegar a grande.
Ninguém parecia entendê-lo.
Um dia, sem se perceber muito bem
porquê o Homenzinho começou a fazer disparates e a mostrar comportamentos que
nunca ninguém lhe vira. Ninguém conseguia segurá-lo e ainda hoje continua.
O Professor Velho tinha razão, o
Homenzinho crescera tão depressa que se esquecera de brincar e agora não
conseguia parar, sem sabia como brincar,
fazia disparates a sério.
Sem comentários:
Enviar um comentário