Foi hoje divulgado na FMH
coordenado pela Professora Margarida Gaspar de Matos integrado na rede internacional
do Desenvolvimento Positivo dos Jovens (Positive Youth Development). O estudo envolveu 2700 jovens portugueses entre os 16 e os 29 anos e apresenta alguns dados
interessantes. Refiro-os a partir da notícia do Público pois não conheço ainda
o trabalho.
Em síntese e olhando apenas para
alguns aspectos parece-me relevante que com a idade os jovens parecem perder
auto-estima e confiança em si próprios.
Os dados sugerem também que os
jovens melhor estatuto económico e com mais competências académicas parecem
revelar menos valores e consciência social.
Como afirma Professora Margarida
Gaspar de Matos, considerando alguns dos resultados o quadro não
particularmente animador. No entanto, importa aprofundar, provavelmente de
forma mais qualitativa, o sentido e fundamento das respostas dos jovens.
Na verdade, estes dados merecem reflexão
atenta.
Em que medida uma perspectiva
de futuro positiva, com potencial de realização pessoal e profissional que se vai
esbatendo com a idade poderá levar a que muitos os jovens desenvolvam sinais de mal-estar e
frustração?
Em que medida a construção de
modelos de sociedade social e profissionalmente muito competitivos e uma
pressão fortíssima face a resultados e à excelência poderá promover nos jovens um menor sentido
dos valores e da consciência social, alimentando perspectivas autocentradas e
de indiferença face ao outro?
Estas interrogações, do meu ponto
de vista já afirmado a propósito de outras questões, deveriam funcionar como um
alerta, escolham a cor, relativamente ao que estamos a fazer em matéria de
educação global.
Veremos o que os desenvolvimentos
da investigação nos trarão, mas seria desejável que de forma intencional e
estruturada reflectíssemos nos caminhos da educação, em casa e na escola.
Sem comentários:
Enviar um comentário