Hoje, uma conversa no âmbito da
lida profissional recordou-me uma história que já aqui contei, a história do
Zé.
Como todas as histórias começa
assim. Era uma vez um rapaz que se portava mal muito bem, chamava-se Zé. Era
até muito bom a portar-se mal. Havia colegas que eram muito bons em Português,
Inglês ou Matemática, alguns eram mesmo bons a tudo, o Zé só era bom a
portar-se mal. O Zé conseguia ter sempre a nota máxima a mau comportamento, não
que ele fosse mau, só se portava mal muito bem.
Os professores não gostavam assim
muito do Zé mas os colegas, a maioria, gostavam do Zé e pareciam gostar ainda mais
quando ele se portava pior.
Achavam que o Zé fazia coisas
mesmo difíceis, é que um tipo portar-se mal muito bem não é fácil e estavam
sempre à espera que o Zé fizesse algo de novo que os divertisse, à custa dos
professores é claro. Sempre que o Zé fazia das suas ou era castigado, os
colegas chegavam-se mais perto e faziam-no sentir popular e cada vez mais
convencido de que os colegas gostavam dele.
E como o Zé precisava que
gostassem dele. Tanto, tanto, que até se portava mal que era coisa de que ele
nem gostava assim muito.
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