No âmbito da sua candidatura à
Presidência da República Sampaio da Nóvoa tem vindo a sustentar que no quadro
político que se desenhou em Portugal na sequência das eleições de 4 de Outubro,
assume maior acuidade a emergência de uma candidatura fora das “lógicas
partidárias” que minimize o risco de exercício das funções presidenciais de uma
forma “parcial”.
Na verdade, como já tenho
afirmado, a uma das grandes virtudes da candidatura de Sampaio da Nóvoa é a sua
construção num espaço de cidadania, fora das teias da partidocracia mas sem ser
contra os partidos, contra nenhum partido, mas com um posicionamento ideológico
claro, uma visão proactiva e transparente a função presidencial e das suas
competências e uma visão sobre Portugal e os portugueses que não se esconde
atrás da oportunidade ou de táctica política.
O actual quadro política ao
romper com um democraticamente enviesado “arco da governação”, ou seja, sempre
os mesmos partidos ou combinados a definirem as políticas para todos os
portugueses introduziu também um risco de crispação e bloqueio que está bem
patente no discurso de Cavaco Silva que decidiu que deve corrigir os resultados
eleitorais porque não gosta deles. A “naturalidade” com que Sampaio da Nóvoa
encara o quadro politico resultante das eleições é um sinal significativo no
sentido de introduzir sensatez e respeito pelas disposições constitucionais.
Neste contexto e do meu ponto de
vista, um Presidente sem filiação partidária será uma peça fundamental para integrar
a diversidade de opiniões e projectos, para a promoção de uma Presidência inclusiva
e não exclusiva e mesmo potencialmente mobilizadora de uma cada vez mais
significativa franja de eleitores que se abstêm por se sentirem afastados da
participação cívica que tem sido capturada quase que exclusivamente pelos
aparelhos partidários.
Este Presidente pode ser Sampaio
da Nóvoa.
Vai ser difícil, mas é possível.
Vai ser difícil, mas é possível.
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