quarta-feira, 28 de outubro de 2015

DAS PRESIDENCIAIS

No âmbito da sua candidatura à Presidência da República Sampaio da Nóvoa tem vindo a sustentar que no quadro político que se desenhou em Portugal na sequência das eleições de 4 de Outubro, assume maior acuidade a emergência de uma candidatura fora das “lógicas partidárias” que minimize o risco de exercício das funções presidenciais de uma forma “parcial”.
Na verdade, como já tenho afirmado, a uma das grandes virtudes da candidatura de Sampaio da Nóvoa é a sua construção num espaço de cidadania, fora das teias da partidocracia mas sem ser contra os partidos, contra nenhum partido, mas com um posicionamento ideológico claro, uma visão proactiva e transparente a função presidencial e das suas competências e uma visão sobre Portugal e os portugueses que não se esconde atrás da oportunidade ou de táctica política.
O actual quadro política ao romper com um democraticamente enviesado “arco da governação”, ou seja, sempre os mesmos partidos ou combinados a definirem as políticas para todos os portugueses introduziu também um risco de crispação e bloqueio que está bem patente no discurso de Cavaco Silva que decidiu que deve corrigir os resultados eleitorais porque não gosta deles. A “naturalidade” com que Sampaio da Nóvoa encara o quadro politico resultante das eleições é um sinal significativo no sentido de introduzir sensatez e respeito pelas disposições constitucionais.
Neste contexto e do meu ponto de vista, um Presidente sem filiação partidária será uma peça fundamental para integrar a diversidade de opiniões e projectos, para a promoção de uma Presidência inclusiva e não exclusiva e mesmo potencialmente mobilizadora de uma cada vez mais significativa franja de eleitores que se abstêm por se sentirem afastados da participação cívica que tem sido capturada quase que exclusivamente pelos aparelhos partidários.  
Este Presidente pode ser Sampaio da Nóvoa.
Vai ser difícil, mas é possível.

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