Como esperava Sampaio da Nóvoa mantém a candidatura às presidenciais.
Face à decisão “tanto faz e
depois logo se vê” do PS e da habitual peça litúrgica da apresentação de um
candidato próprio do PCP ganha, como já escrevi, mais sentido e importância a
presença na campanha de alguém que esteja liberto dos jogos de equilíbrio e
poder no interior da partidocracia.
Insisto que não se trata de um
discurso contra os partidos pois, cito o que já afirmei, “… sendo os partidos peças centrais das
sociedades democráticas não podem, não devem, ter o monopólio da actividade
cívica e política sob o risco de se virarem para dentro, se encapsularem e de
se transformarem em espaços fechados dominados por interesses de conjuntura e
luta pelo poder, organizados em aparelhos cujo controlo permite o domínio do
partido e o acesso ao poder.”
Não sei, evidentemente, o
resultado eleitoral que espera Sampaio da Nóvoa.
Sei sim que o espera uma campanha
dura em que se mobilizarão argumentos e armas que não os méritos dos candidatos
ou a sua visão e projecto para Portugal no âmbito das funções de Presidente da
República. Vejam-se alguns títulos ou informações divulgadas na comunicação
social nos últimos dias e a forma com diferentes candidaturas vão sendo “fabricadas”.
Também sei, que depois da
apresentação da candidatura a não desistência nas actuais circunstâncias é um
segundo passo de enorme relevo que Sampaio da Nóvoa cumpre nesta estrada
difícil.
Tinha o direito a desistir mas
tem o dever político de continuar e os Homens cumprem com o seu dever. Sampaio da Nóvoa cumpre o
seu dever em nome da esperança de muita gente em que uma visão humanista, presente, centrada em
pessoas, em todas as pessoas, e no seu bem-estar informe, dentro dos limites
constitucionais, a acção do Presidente da República.
Vai ser difícil, está tão mais
difícil quanto mais necessário mas, por isto mesmo, tem que ser possível.
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