Num mundo comandado pelos mercados também o futebol tem o seu mercado, fechou ontem, na generalidade dos países.
Entre o fim dos campeonatos e o fim do mercado as
águas agitam-se com as transferências de jogadores e treinadores, o mercado a
funcionar, evidentemente.
Num país com um número extraordinário de jornais
desportivos diários, perdão basicamente de futebol, todos os dias foram noticiadas
novas transferências, saídas e entradas de jogadores para ajustar o plantel ou
o grupo de trabalho, em futebolês. Os milhões de adeptos do futebol
comentam, discutem, apaixonadamente os negócios de milhões que o seu clube
realizou, realiza ou devia realizar e continuam mergulhados na luta pela
sobrevivência por causa ... dos milhões de outros mercados.
Todas estas movimentações anunciadas,
concretizadas, inventadas para inflacionar valores, etc. envolvem, envolveram
sempre milhões, muitos milhões, seja em salários completamente obscenos, seja,
também em futebolês, em cláusulas de rescisão.
Devo confessar que fico perplexo com a facilidade
e disponibilidade com que nos tempos que correm se movimentam milhões, muitos
milhões, neste negócio que não se percebe muito bem como se alimenta, as
assistências nos estádios estão em queda, o mercado publicitário em recessão e
a economia no mesmo cenário sendo que também é conhecido o volume dos passivos
da esmagadora maioria, para não dizer a totalidade, dos clubes, nacionais ou
estrangeiros.
No entanto, o circo da compra e venda de
jogadores e treinadores continua a envolver muitos milhões, não parou, não
pára, e compôs diariamente as páginas dos jornais e que vão garantido a sua
tiragem em tempo sem futebol nos estádios.
Sempre que falo de futebol reafirmo a minha
paixão incurável pelo jogo mas, sem demagogia, estes negócios e os valores movimentados,
no contexto em que ocorrem e com os actores que envolvem, chegam a ser insultuosos
quando olhamos à nossa volta.
O mundo é mesmo um lugar estranho. A primeira página do JN em cima reproduzida é um bom exemplo.
1 comentário:
Compreendo que o Senhor Professor não saiu do seu habitat para compor o seu argumentário sobre tranferências e salários milionários. Eu transpus fronteiras nas pesquisas que fiz e encontrei o ponto mais elevado da indignação dos homens que têm consciência das mortes causadas pela fome.
GOLFE-Tiger Woods= 105 milhões dólares ANO
FÓRMULA UM - Lewis Hamilton=29 milhões dólare ANO
BOX - Floyd Mayweather=65 milhões dólares ANO
TÉNIS - Rogerb Federer=52,78 milhões dólares ANO
BASQUETEBOL NBA - Kobe Bryant=220 milhões dólare ANO.
E isto é apenas a ponta do novelo.
Não devemos bater apenas no futebol.
O mundo não é apenas um lugar estranho... Senhor Professor.
É um lugar de demónios para quase todos e morada dos bem-aventurados para poucos.
VIVA!
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