E agora vem o fim do mundo anunciado pelo PS em sucessivos alertas vermelhos ao abrigo do "après moi le déluge" sempre ameaçador? Sobreviveremos.
E agora chegou no meio das trovoadas o grande líder que nos tirará das trevas em que temos vivido mergulhados transformando o futuro num amanhã que canta? Sobreviveremos.
E agora vamos ter o Dr. Portas, o Paulo, como ministro da Lavoura ou, coisa mais ao seu nível, dos Negócios Estrangeiros? Sobreviveremos.
E agora de que falarão aqueles escribas, que habitam a imprensa e que sobreviviam de bater no engenheiro, o jornalista Crespo, o jurista Lomba, a ensaísta Matos, o grande educador Castilho, etc.? Sobreviveremos.
E agora como se preencherão os comentários na imprensa on-line boçais e alarves que quase exclusivamente falavam do socras? Sobreviveremos.
E agora como nos vamos habituar à inevitável aplicação da agenda do FMI, do FMI e do BCE, o programa escondido de quem quer que fosse que ganhasse estas eleições? Sobreviveremos.
E agora que fazer sem a infalibilidade, a omnisciência e a visão do Eng. Sócrates? Sobreviveremos.
E agora como vai o novo primeiro-ministro, Passos Coelho, sossegar a fila que já se começa a alinhar na perspectiva do "arranja-me um emprego", em que Fernando Nobre foi o primeiro colocar-se? Sobreviveremos.
E agora como vai ser o futuro imediato de quem continua e vê reforçada a sua condição de escravo do deus mercado? Sobreviveremos.
E agora que ilações retirar do facto de que cerca de metade dos eleitores entenderem que ninguém merece o seu voto? Sobreviveremos.
E agora? Sobreviveremos.
Depois muda tudo outra vez. Sobreviveremos.
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