Mais de três décadas depois estamos à beira de novo Verão quente.
A irresponsabilidade e incompetência de muitas lideranças e os modelos de desenvolvimento assentes no endeusamento dessa entidade designada por mercado, conduziram-nos a uma situação dramática e que atinge muitos de nós portugueses.
Um nível de desemprego devastador com tendência de subida que coexiste com uma situação recessiva não produtora de riqueza para redistribuir. Todos os dias se referem dados que acentuam a gravidade deste cenário.
Estudos recentes mostra a existência de cerca de 40% por cento de miúdos a viver em situação de carência e 20% da população em risco de pobreza, situação que coexiste com a diminuição dos apoios e recursos disponíveis par políticas sociais minimizadoras da gravidade desta situação.
O acesso de muitos jovens ao mercado de trabalho e, portanto, à construção de um projecto de vida viável e com capacidade de realização parece ameaçado e desencorajador da esperança.
Uma agenda de sacrifícios imposta por quem de fora vem dizer o que os de dentro devem fazer vai contribuir certamente para a subida da temperatura social dos meses que se aproximam.
Apesar de me manter optimista e confiante na resiliência dos portugueses acho que de facto os próximos tempos vão ser quentes. Não tardam os avisos coloridos sobre a temperatura. Eu acho que já estamos em alerta vermelho.
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