quarta-feira, 8 de junho de 2011

E QUE TAL ESTENDER OS EXAMES PSICOLÓGICOS?

Segundo a imprensa de hoje o Provedor de Justiça decidiu que a obrigatoriedade de que os taxistas se submetam a exames físicos e psicológicos não é inconstitucional pelo que lei que os determina deverá ser cumprida apesar dos protestos dos representantes deste grupo profissional.
Fiquei a pensar nesta coisa dos exames que pretendem avaliar das condições psicológicas para o exercício de algumas actividades profissionais e talvez não fosse má ideia estender esta exigência a outros grupos, ao dos profissionais da actividade política, por exemplo.
Estou a lembrar-me por exemplo de alguns discursos políticos que deixam perceber uma visão completamente desfocada, por assim dizer, da realidade, até mesmo alguma propensão para a efabulação. Nós os que levamos uma vida comum, percebemos a realidade com umas características e ouvimos algumas pessoas falar da mesma realidade descrevendo-a de uma forma completamente diferente.
Talvez não fosse também descabido a avaliar a dimensão das competências sociais, pois boa parte dos políticos parece ter ficado egocentrado e tendo uma enorme dificuldade em admitir e entender o ponto de vista o outro, o que, manifestamente, complica o exercício profissional.
Ainda na esfera das competências sociais parece-me bastante claro que algumas pessoas demonstram uma enorme dificuldade no cumprimento das regras e limites que a vivência em comunidade exigem, desenvolvendo comportamentos e assumindo discursos que estão , claramente, para lá desses limites.
De facto, talvez não fosse descabido considerar a obrigatoriedade de realização da avaliação das condições psicológicas dos candidatos às lideranças políticas, desde que, o que não está previsto na lei aplicada aos taxistas, o chumbo nos testes inibisse a actividade profissional.

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