Os portugueses são um povo
apressado e ansioso, stressado, como agora se diz. Elementos da Associação de Directores de Agrupamentos e
Escolas Públicas e do Conselho das Escolas manifestam uma enorme preocupação
com o atraso e a falta de orientação e informação do MEC relativas à preparação
do próximo ano lectivo.
É evidente que tais preocupações
só podem emergir devido a uma ansiedade não controlada, estamos perfeitamente a
tempo de, como diz o MEC, tudo estar devidamente pensado decidido e clarificado
para o arranque do ano lectivo, falta imenso tempo.
Estes ansiosos dirigentes referem
aspectos como a estabilização da constituição dos mega-agrupamentos ainda em
forte discussão em vários locais, legislação que não foi publicada e regula
alterações a introduzir, regulamentação referente a horários e constituição de
turmas, a oferta educativa por definir,
as necessidades de professores, etc. que são, na verdade, pormenores que têm
nula implicação na planificação do ano lectivo.
Estas entidades manifestam esta
excessiva e incompreensível ansiedade uma vez que, depois de anos de deriva nas
políticas educativas, finalmente se instalou na 5 de Outubro uma equipa com um
pensamento claríssimo sobre a educação em Portugal, com um rumo bem definido e assumido na defesa
da qualidade da educação, da qualidade do trabalho de alunos, professores e
pais, pelo que tudo agora correria bem.
Mas não, afinal, como o povo
costuma dizer, a montanha pariu um Crato, e à deriva continuamos. Mas não desesperem, como sempre, o MEC diz que
tudo está bem, tudo está previsto, tudo vai ficar pronto na altura certa. Como
sempre, como sempre. Até ao próximo ano.
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