Os textos dos opinadores residentes do Observador com o grande tudólogo e educador, José Manuel Fernandes à cabeça, transpiram azia, preconceito, ódio e, com frequência, desonestidade intelectual nas reacções e análises à tomada de posse do Governo de António Costa que, esquecem-se as criaturas, é apoiado pela maioria absoluta dos deputados eleitos em 4 de Outubro num processo eleitoral que terá sido livre e de acordo com as regras. Mesmo eles ainda não disseram que assim não foi. Pode negar-se o que não gostamos na realidade mas negar toda a realidade é impossível.
A democracia, como se sabe, é um sistema imperfeito, sobretudo quando não corresponde aos nossos desejos e agenda. Quando nos agrada o resultado de eleições, é a democracia a funcionar, felicita-se o povo. Quando os resultados não nos agradam, é "fraude", é o "PREC", é "ilegítimo", são, claro, os "radicais", os perigosos "extremistas", que temos de suportar, é o preço da democracia, mas desde que não interfiram com os nossos interesses. O ideal era mesmo que não existissem, só atrapalham e protestam.
É curioso ouvir referências a "radicalismo" por parte de quem foi mais "troikista" que a "troika", de quem defendia austeridade em cima de austeridade, de quem defendia o "TINA" - There Is No Alternative, de quem lançou sem um sobressalto milhares e milhares de pessoas na pobreza e na exclusão. A indiferença e a insensibilidade, essas sim radicais, foram, são, uma tragédia nas suas consequências. Durante estes tempos os opinadores residentes do Observador viveram, claro, na sua democracia plena, a democracia dos interesses que os alimentam.
Agora é ver quantos sapos a engolir, quantas caretas e letras de despeito, quantos insultos, quantos desejos de que tudo corra mal disfarçados de previsões.
Enfim, quanta soberba e arrogância antidemocrática.
1 comentário:
O intelecto do sr. Fernandes é limitado ao jogo das damas.O xadrez é para mentes mais desenvolvidas e abertas à mudança.
VIVA!
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