Como se sabe é importante
preparas crianças para o futuro e uma das formas é proporcionar-lhes
experiências de aprendizagem significativas, funcionais e motivadores.
Assim, certamente com a melhor
das intenções formadoras, a PSP de Portalegre dividiu um grupo de crianças que
aparentam frequentar a educação pré-escolar e dividiu-as em dois grupos. Um
equipado com capacete e escudo resistia ao ataque do outro grupo, agitadores ou manifestantes presumo, que atirava bolas de papel simulando pedras. Faltou
um toque de realismo.
Na verdade, não simpatizo com
discursos fundamentalistas sobre os efeitos devastadores que a experiência terá
para as crianças. As crianças são inteligentes e acomodarão o episódio sem
grande agitação.
A questão que se me coloca é a
decisão dos adultos envolvidos no tendo de proporcionar experiências deste tipo
aos miúdos. Foi, aliás, este o sentido genérico de um comentário que o Público me solicitou.
Não será assim que se
familiarizam com a acção e funções da polícia, os jogos de “guerra” fazendo
parte dos arsenal de desenvolvimento dos miúdos não devem, do meu ponto de
vista, ter esta chancela legitimadora por parte dos adultos.
De resto, este disparate, não
passa disso mesmo, um disparate.
Talvez seja de reflectir mais na
visão que a própria PSP entendeu passar do que será o seu “trabalho”.
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