Chegou o Verão e aí está um dos
produtos da época e que tem vindo a conquistar adeptos e organizadores, as feiras medievais.
Durante os próximos tempos
teremos uma oferta de feiras medievais por todo o país, das mais modestas às
mais produzidas com inúmeros figurantes e actividades, da Idade Média, claro.
Não há concelho que não realize a
sua feira medieval. Gostava de perceber a razão desta emergente apetência pela
recriação dos ambientes medievais e a renhida competição entre as autarquias
pela melhor feira medieval. E porquê medieval e não pré-histórica, ou estilo
século XIX?
As imagens que frequentemente as
televisões passarão a fechar noticiários vão certamente mostrar os incontornáveis e esforçados
cavaleiros e donzelas, artesãos e nobres de ar compenetrado, além de outros
imensos e empenhadíssimos personagens a viverem a sua feira medieval.
Recordo
até um episódio de um participante habitual que tinha adquirido propositadamente
um burro, ou burra não me lembro, para a qual não tinha instalações mas que com
a ajuda de vizinhos e familiares lá se desenrascava para manter o burro que
leva às feiras medievais. Um militante das feiras medievais.
De facto, não consigo entender esta
moda das feiras medievais. Será devida à nostalgia do passado que de vez em
quando nos atinge, ou a alguma estranha premonição dos riscos do futuro, uma
espécie de “back to basis”?
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