Era uma vez um homem, chamava-se Do Contra.
Consideravam-no um tipo estranho. Nas conversas em que se
envolvia e nas ideias que discutia quase sempre estava em desacordo com a
opinião geral, tanto que a expressão que mais utilizava era, justamente, “não
estou de acordo”. Esta atitude, envolvia, quer a análise mais sofisticada, quer
a mais simples opinião.
Os amigos, alguns e em algumas circunstâncias, suportavam-no
porque sempre dava alguma animação às conversas, mas, na maior parte das vezes,
detestavam o Do Contra e protestavam. As outras pessoas quando o ouviam também
não apreciavam. As pessoas, muitas pessoas, não simpatizam com os Do Contra.
Um dia foi apreendido. O Do Contra não era normalizado. Quando
souberam, as pessoas, de um modo geral, sentiram-se aliviadas e tranquilas.
No fundo, o Do Contra só atrapalhava.
Por isso, quase sempre se quer normalizar os Do Contra.
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