Imaginava-se com ela todos os
dias, todo o dia. Não se cansava de olhar para as inúmeras fotografias dela,
coleccionava-as desde que a vira pela primeira vez. Ansiava estar perante o
brilho que ela irradiava. Contava os minutos para a poder acariciar e, quando
tal acontecesse, iria sentir-se a pessoa mais feliz do mundo. A toda a hora,
antecipava como seria extraordinário vê-la, ouvi-la. Pensava que a trataria com
um cuidado, assegurava para si próprio, que nunca usou na sua vida. Já conheceu
algumas antes, mas nada de parecido com ela, a que ia chegar. Todos os dias ao
acordar o primeiro pensamento era para ela e, quando adormecia, era também ela
que lhe embalava o sonho.
Finalmente, quando a espera já
era insuportável, ela apareceu. Estava à sua frente a PlayStation, último
modelo, que os pais lhe tinham prometido se tivesse positiva a tudo no segundo
período.
2 comentários:
E eu que fui lendo o post e relembrando o conto "Uma Fotografia na Rua" (de Agustín Fernández Paz)... Que decepção!
Não sei se é melhor a Diana ser algo completamente, absolutamente, francamente... (que dizer dela!?) se, afinal, tratar-se de uma Playstation, credo! :-)
Olá Ana, lamento a decepção causada :)
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