Era uma vez um homem chamado
Diferente. Desde pequeno, ainda na escola, achavam-no diferente de todos.
A família sempre o considerou
diferente e Diferente ficou, para sempre. Os colegas entendiam que era
diferente e, muitas vezes, tratavam o Diferente de forma diferente.
Os professores também o achavam
diferente, muito diferente. Os vizinhos desde que conheciam o Diferente também
o consideravam diferente e, por isso, de maneira diferente se relacionavam com
ele.
O Diferente foi-se acostumando à
ideia de que era diferente. Assim, cresceu diferente, viveu diferente e morreu
diferente.
Quando o Diferente morreu, todas
as pessoas, com um ar ansioso, começaram a olhar à sua volta.
Precisavam, urgente e desesperadamente,
de encontrar outro Diferente que as fizesse sentir, tranquilamente, iguais.
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