terça-feira, 8 de abril de 2014

PELA NOSSA SAÚDE

"Faltam médicos nas VMER porque pagam cada vez menos à hora, diz bastonário"

De acordo com Relatórios da OCDE de 2013 e 2010 Portugal, faz um investimento na saúde abaixo da média e é um dos países em que as pessoas mais pagam directamente do seu bolso as despesas com a saúde.
Por outro lado, sempre que se referem ou registam cortes orçamentais, a saúde, tal como outras áreas sociais, são alvos privilegiados.
Embora seja importante ponderar a organização, eficácia e custos do chamado estado social, por exemplo na saúde, é fundamental perceber e entender que a comunidade tem sempre a responsabilidade ética de garantir a acessibilidade de toda a gente aos cuidados básicos de saúde. Os tempos que atravessamos, criando obstáculos ao acesso aos serviços de saúde a que se acrescentam as dificuldades criadas aos próprios serviços no sentido garantirem o cumprimento da sua missão, são ameaçadores dos padrões mínimos de bem-estar e qualidade da assistência em matéria de saúde.
Como afirma Michael Marmot, reconhecidíssimo especialista em saúde pública, que há algum tempo esteve em Portugal, todas as políticas podem, ou devem, ser avaliadas pelos seus impactos na área da saúde.
Talvez a ideia do "custe o que custar" fosse de repensar, pela nossa saúde.

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