"Faltam médicos nas VMER porque pagam cada vez menos à hora, diz bastonário"
De acordo com Relatórios da OCDE
de 2013 e 2010 Portugal, faz um investimento na saúde abaixo da média e é um dos
países em que as pessoas mais pagam directamente do seu bolso as despesas com a
saúde.
Por outro lado, sempre que se referem
ou registam cortes orçamentais, a saúde, tal como outras áreas sociais, são
alvos privilegiados.
Embora seja importante ponderar a
organização, eficácia e custos do chamado estado social, por exemplo na saúde,
é fundamental perceber e entender que a comunidade tem sempre a
responsabilidade ética de garantir a acessibilidade de toda a gente aos
cuidados básicos de saúde. Os tempos que atravessamos, criando obstáculos ao
acesso aos serviços de saúde a que se acrescentam as dificuldades criadas aos
próprios serviços no sentido garantirem o cumprimento da sua missão, são
ameaçadores dos padrões mínimos de bem-estar e qualidade da assistência em
matéria de saúde.
Como afirma Michael Marmot, reconhecidíssimo
especialista em saúde pública, que há algum tempo esteve em Portugal, todas as
políticas podem, ou devem, ser avaliadas pelos seus impactos na área da saúde.
Talvez a ideia do "custe o
que custar" fosse de repensar, pela nossa saúde.
Sem comentários:
Enviar um comentário