Era uma vez um Rapaz. Chamava-se
Rapaz Mau e toda a gente achava que ele era mesmo mau.
Na escola, ninguém tinha mais
faltas disciplinares do que ele. Era insolente para com a maioria dos
professores, adorava atrapalhar o funcionamento das aulas o que fazia os
colegas, alguns deles, achar graça e gostar dele.
Aos outros alunos o Rapaz Mau não
tratava muito bem, gostava apenas dos que gostavam dele.
De vez em quando, apanhava uns
castigos mas o comportamento não mudava.
Entre os professores do Rapaz
Mau, havia uma Professora ainda novinha que se interessava por ele e, sempre
que tinha oportunidade, procurava falar com ele. De início resistiu, mas, aos
poucos, lá se foi aproximando. O que a Professora estranhava era que o Rapaz
Mau que conversava com ela, era muito diferente do Rapaz Mau das aulas. Uma
vez, lembrou-se de falar com o Professor Velho, o que está na biblioteca e fala
com os livros, sobre tal diferença.
Enquanto escutava os livros o
Professor Velho pensou e disse, “Sabes Professora, eu acho que o Rapaz Mau,
na verdade chama-se Rapaz Só. Está convencido, sente, que só tem amigos porque
é Mau. Quando te interessas por ele, não fica Só e, assim, não precisa de ser
Mau”.
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