quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O EXAME NACIONAL DE INGLÊS DO 9º TERÁ NÍVEL DE 7º

Como é sabido e de acordo com o entendimento mágico de Nuno Crato sobre os exames, os alunos do 9º ano vão realizar este ano exames nacionais de inglês com a particularidade de se realizarem em regime de "outsourcing" sob supervisão da Universidade de Cambridge através do Cambridge English Language Assessment e com o apoio desinteressado de algumas empresas, numa visionária abertura aos mercados, sinais dos tempos.
Acontece que as avaliações anteriores realizadas pelos alunos vão determinar que o exame não tenha o nível esperado, B1, correspondente ao 9º ano, mas o nível A2, que corresponde ao 7º ano. O Instituto de Avaliação Educativa diz que será assim por uma questão de prudência, justificação que me faz recordar as recorrentes afirmações de Nuno Crato quando era opinador e se insurgia contra "o facilitismo" dos exames para promover estatísticas com melhor aspecto, por assim dizer. Agora, o MEC reconhece que não pode esperar que os alunos tenham as competências que deviam e ... baixa a exigência do exame em vez de tentar, tentarmos, criar as condições para que as aprendizagens esperadas aconteçam.
Por outro lado, a Associação dos Professores de Inglês também entende o nível mais baixo do exame pois com as condições de ensino actual, carga horária da disciplina  de inglês e número de alunos por sala, as aprendizagens esperadas não têm condições de se realizar.
Tudo isto me parece claro. Tenho apenas uma dúvida, este exame, assim, serve para quê? Para aferir se os resultados dos alunos do 9º ano em inglês atingiram as competências do 7º ano?
Não é que me surpreenda mas, ainda assim.

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