O que tem vindo a lume sobre a gestão da Parque Escolar, no âmbito de um processo que de início merecia absoluta concordância e correspondia à necessidade de modernização do parque escolar, em algumas situações inaceitavelmente degradado, é apenas mais um excelente exemplo do irresponsável desperdício de dinheiros públicos.
A verificada derrapagem nas contas, que se não estranha em Portugal, os custos excessivos em pessoal, são apenas e lamentavelmente a "rotina" das obras geridas por capitais públicos.
No caso particular da recuperação e modernização de edifícios escolares, a avaliação do que tem estado a ser feito mostra algo que muitas pessoas que conhecem as escolas tinham como claro, o desajustamento de algumas soluções técnicas, o novo-riquismo saloio de alguns equipamentos e materiais, o custo exorbitante de manutenção que as soluções adoptadas implicariam, etc.
Sublinho que a recuperação do parque escolar e o equipamento moderno das escolas é uma exigência no sentido de dotar alunos, professores e funcionário de condições de trabalho que sustentem a qualidade que todos desejamos, não é um privilégio que se concede à comunidade escolar.
Mais uma vez, para não variar, vejamos qual o nível de responsabilidade atribuída e cobrada aos gestores responsáveis pelo irresponsável desperdício de todo o processo.
Uma consequência óbvia e que já está a sentir-se é que devido à incompetente gestão e consequente falta de fundos, foram suspensas obras em curso em muitas escolas bem como projectos de recuperação absolutamente necessários.
Não é que estranhe o nada que acontece ou espere que agora seja diferente, mas a impunidade de quem de forma irresponsável e incompetente gere dinheiros públicos sempre me inquieta e revolta.
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