quinta-feira, 21 de julho de 2016

DA EDUCAÇÃO LOW COST. A HISTÓRIA DO BURRO DO INGLÊS



Sendo certo que importa racionalizar custos e optimizar recursos combatendo desperdício e ineficácia, o desinvestimento na educação tem custos muito fortes e prolongados.
Está estudada e reconhecida de há muito a associação fortíssima entre o investimento em educação e investigação e o desenvolvimento das comunidades, seja por via directa, qualificação e produção de conhecimento, seja por via indirecta, condições económicas, qualidade de vida e condições de saúde, por exemplo.
Como em quase tudo é uma questão de escolhas e prioridades de quem lidera. O empobrecimento e o desinvestimento em educação nunca poderão ser factores de desenvolvimento. Recordo uma intervenção do então Primeiro-ministro Passos Coelho em que afirmou recorrendo a uma linguagem sofisticada não querer "alimentar a salsicha educativa", para justificar “ajustamentos” no orçamento destinado à educação.
No entanto, este caminho perigoso recorda-me a velha e conhecidíssima história do burro do Inglês. O Inglês dono do burro, para poupar, foi dando cada vez menos comer ao burro até que este se finou. Pensou o Inglês, "agora que o burro já conseguia estar sem comer é que morreu".
Como disse acima, importa racionalizar recursos e combater o desperdício, candeeiros com a "griffe" Siza Vieira não são imprescindíveis numa escola, mas de uma vez por todas, em educação não existe despesa, existe investimento.

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