Sendo certo que importa
racionalizar custos e optimizar recursos combatendo desperdício e ineficácia, o
desinvestimento na educação tem custos muito fortes e prolongados.
Está estudada e reconhecida de há
muito a associação fortíssima entre o investimento em educação e investigação e
o desenvolvimento das comunidades, seja por via directa, qualificação e
produção de conhecimento, seja por via indirecta, condições económicas,
qualidade de vida e condições de saúde, por exemplo.
Como em quase tudo é uma questão
de escolhas e prioridades de quem lidera. O empobrecimento e o desinvestimento
em educação nunca poderão ser factores de desenvolvimento. Recordo uma
intervenção do então Primeiro-ministro Passos Coelho em que afirmou recorrendo
a uma linguagem sofisticada não querer "alimentar a salsicha
educativa", para justificar “ajustamentos” no orçamento destinado à
educação.
No entanto, este caminho perigoso
recorda-me a velha e conhecidíssima história do burro do Inglês. O Inglês dono
do burro, para poupar, foi dando cada vez menos comer ao burro até que este se
finou. Pensou o Inglês, "agora que o
burro já conseguia estar sem comer é que morreu".
Como disse acima, importa racionalizar recursos e combater o desperdício, candeeiros com a "griffe" Siza Vieira não são imprescindíveis numa escola, mas de uma vez por todas, em educação não existe despesa, existe investimento.
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