Pelo terceiro ano consecutivo, as fortunas dos 25 mais ricos de Portugal cresceram: juntos somam um património de cerca de 15 mil milhões de euros. Américo Amorim é, de novo, o homem mais rico de Portugal, com Alexandre Soares dos Santos e a família Guimarães de Mello a ocuparem, respetivamente, a segunda e terceira posições.
É assim, a austeridade quando nasce não é para todos. Portugal é, como sabemos, um dos países mais assimétricos da
Europa e esta assimetria tem-se acentuado.
Como algumas vezes oiço alguém referir, falamos de pobreza,
quando o nosso problema é com a riqueza, está mal distribuída e todos queremos
ser ricos, muito ricos. É neste quadro que se acentua e promove a desregulação
que leva ao enorme fosso entre os mais ricos e os mais pobres.
Nós precisamos de combater a assimetria da distribuição da
riqueza e produzir mais riqueza, precisamos de combater mordomias e desperdício
de recursos e meios ineficientes e muitas vezes injustificados que alimentam
clientelas e interesses outros. Nós precisamos de combater a teia de protecção
legal e política aos interesses dos mercados e dos seus empregados que
conflituam com os interesses das pessoas.
O que precisamos é de coragem e visão sem subserviência ao
ditado dos mercados e dos seus agentes para definir modelos económicos, sociais
e políticos destinados a pessoas e não a mercados ou a grupos minoritários de
interesses.
Como vamos conseguir?
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