Hoje cumprem-se três anos que
entrei pela primeira vez no mundo encantado, no mundo mágico da avozice.
Esta mudança de geração tem sido
uma bênção em cada dia que passa e contribui decisivamente para cumprir a
narrativa de um Homem com sorte, eu.
Às vezes fico assim a olhar para
eles, para os meus netos, quando brincam ou quando dormem, e imagino as viagens
que estão e irão fazer.
Nessas alturas sinto-me assim …
desculpem lá o atrevimento... um anjo da guarda.
Na verdade, que mais deve ser um
pai ou um avô que não um anjo da guarda.
Às vezes, não sabemos, não
percebemos, não queremos ou não podemos.
Mas é bonito.
A magia da avozice recorda-me a
fala de um Velho de Cabo Verde, amigo do meu amigo Amílcar, que dizia a
propósito do quanto gozava a sua condição de avô, "Se soubesse que ter
netos era assim, tinha tido os netos antes dos filhos".
Acho curiosíssima e elucidativa
deste mundo mágico, ser avô.
No entanto, a ordem das coisas é
a ordem das coisas, cresce um filho até ser Gente, vai crescer um neto até ser
Gente.
E eu por perto, espero.
Bom, apesar da lida que me chama vou gozar a avozice, os
netos estão aqui à beira e à espera.
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