domingo, 24 de julho de 2016

DA SÉRIE "METE-ME ESPÉCIE". O CENTRISMO NA ESTRADA

Creio que maioria de nós já se deve ter deparado com um fenómeno algo estranho que afecta boa parte dos condutores portugueses e que me “mete espécie”. 
Trata-se do que costumo designar por “centrismo”, isto é, sempre que circulam por vias com três faixas, citadinas ou vias rápidas e auto-estradas, tomam rapidamente a faixa central e dali não se mexem até à saída que lhes serve.
De uma forma geral são condutores lentos, com ar experiente, por assim dizer, que deixando a faixa da direita quase sem trânsito e a esquerda para os aceleras se transforma numa espécie de tampão obrigando a mil cuidados com o seu “centrismo”.
Quando avisados tendem a não perceber a razão do aviso ou a responder com um qualquer esgar ou gesto de natureza didáctica em modo “tuga”.
Um desses condutores, pessoa que conheço, uma vez ao comentar isto respondeu-me qualquer coisa como “Eu sou assim, gosto de optar pela faixa do meio”.
Pois é, como quase tudo na vida, é uma questão de opção, o centrismo na estrada também.
O problema é que nem sempre se acerta nas opções. Pelo menos os centristas da estrada.

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