Este elucidativo episódio, apenas
mais um, a substituição do presidente do CCB, António Lamas, por Elísio
Summavielle, um boy amigo de João Soares, ele próprio um boy ministro, mostra
como a praxis política se mantém velha apesar das repetidas afirmações sobre o
tempo novo.
Como sempre nestas ocasiões e de
acordo com o “script” clássico, os envolvidos dizem que estão de “consciência
tranquila” ou em modo João Soares, "nada me pesa na consciência". Acredito que tal possa acontecer pois para este pessoal
“consciência” não significa certamente o mesmo que para a maioria das pessoas.
É por demais evidente que para
boa parte desta gente, legalidade, transparência, ética ou minudências como
pagar contribuições, impostos, cumprir as exigências legais, etc., são “contos
para crianças”, coisas, por assim dizer, para “tótós”, nós.
Tecnoformices, relvices, varices,
loureirices, salgadices, marquesmendices, amigos mecenas, negócios manhosos e
corrupção, tráfico de influências e amiguismo, utilização criteriosa dos
alçapões de uma justiça criteriosamente desenhados para efeitos de protecção
dos seus interesses e outras habilidades da mesma natureza são ferramentas
diariamente usadas por esta família alargada e diversa que há décadas ocupou um
largo espectro do nosso contexto político, social e económico.
Cambada de artistas, nem as
moscas, às vezes, variam.
São assim as contas da
partidocracia. Em alternância pois claro. Sem altertantiva, evidentemente.
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