quarta-feira, 2 de março de 2016

OBRIGADO JOÃO. DE NADA ELÍSIO

Este elucidativo episódio, apenas mais um, a substituição do presidente do CCB, António Lamas, por Elísio Summavielle, um boy amigo de João Soares, ele próprio um boy ministro, mostra como a praxis política se mantém velha apesar das repetidas afirmações sobre o tempo novo.
Como sempre nestas ocasiões e de acordo com o “script” clássico, os envolvidos dizem que estão de “consciência tranquila” ou em modo João Soares, "nada me pesa na consciência". Acredito que tal possa acontecer pois para este pessoal “consciência” não significa certamente o mesmo que para a maioria das pessoas.
É por demais evidente que para boa parte desta gente, legalidade, transparência, ética ou minudências como pagar contribuições, impostos, cumprir as exigências legais, etc., são “contos para crianças”, coisas, por assim dizer, para “tótós”, nós.
Tecnoformices, relvices, varices, loureirices, salgadices, marquesmendices, amigos mecenas, negócios manhosos e corrupção, tráfico de influências e amiguismo, utilização criteriosa dos alçapões de uma justiça criteriosamente desenhados para efeitos de protecção dos seus interesses e outras habilidades da mesma natureza são ferramentas diariamente usadas por esta família alargada e diversa que há décadas ocupou um largo espectro do nosso contexto político, social e económico. 
Cambada de artistas, nem as moscas, às vezes, variam.
São assim as contas da partidocracia. Em alternância pois claro. Sem altertantiva, evidentemente.

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