O Secretário de Estado do Emprego
afirma em entrevista ao Público, “Não faz
sentido diabolizar os estágios profissionais.”
Estamos de acordo, os estágios
profissionais podem ser uma interessante e positiva porta de entrada no mercado
de trabalho.
O que não pode acontecer, e
acontece, é que sejam usados por alguns empregadores como acesso a mão-de-obra
gratuita.
O que não pode acontecer, e acontece, é que
muitos jovens sejam tentados pela miragem de um contrato de trabalho no fim do
estágio profissional e o que os espera é uma mão cheia de nada.
O se torna imprescindível uma
regulação efectiva do mercado de trabalho, uma política de emprego e legislativa
que combata a precariedade.
Uma política de emprego que
promova, de facto, emprego, e não formas criativas de mascarar estatísticas.
O acesso a um emprego com um
mínimo de estabilidade é uma peça imprescindível à construção de um projecto de
vida.
É essa, também, a
responsabilidades das políticas. Criarem, no que lhes compete, as condições
para que os cidadãos possam construir projectos de vida viáveis e positivos.
Como muitas vezes afirmo e muitos
estudos sugerem, o inverno demográfico que atravessamos com uma preocupante
baixa natalidade está fortemente associada à dificuldade de muitos jovens construírem
e sustentarem projectos de vida em que caibam os filhos.
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