Curiosamente e contra todas as
expectativas dos democratas que lideram as instituições europeias e dos
credores, acho a designação outra curiosidade, os Gregos, quais alunos
indisciplinados, disseram que não queriam acordos nos moldes impostos pelo
dikat que mais ordena, Schäuble et al.
Curiosamente, numa atitude
absolutamente anti-democrática, dizem alguns, foi realizado um referendo e os
dados conhecidos vão mostrando que mais de 60% dos votantes escolheram NÃO à "ajuda" que os esmaga, empobrece e exclui. Mal agradecidos e ingratos. Coisa de pobres
é claro.
Curiosamente muitos analistas que
vou ouvindo pelas diversas estações televisivas fazem autênticas acrobacias discursivas
para justificarem a falha das suas previsões e para justificar a irresponsabilidade e mau comportamento
dos gregos. Não deram a resposta que eles tinham vaticinado, desejado, melhor
dizendo,
Curiosamente as medíocres
lideranças políticas que se assumem como donas da Europa devem sentir-se
perdidas. Não imaginavam que um bando de crianças irresponsáveis os pudesse
desafiar.
Curiosamente aguarda-se com
alguma ansiedade a reacção dos mercados. Conforme estamos habituados só depois
das reacções dos mercados é que os feitores políticos pensarão o que fazer.
Querem convencer-nos de que é ao contrário, a liderança política decide e os
mercados acomodam. Curiosamente e na verdade, não é exactamente assim, os
mercados reagem, decidem, e os políticos acomodam.
Curiosamente, apesar de muitos discursos a antecipar grandes problemas julgo que este NÃO, veementemente
pronunciado pelos gregos, foi um bom serviço prestado a todos os povos da Europa
e, portanto, à Europa e ao projecto europeu, seja lá isso o que for.
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