Para além dos efeitos, de
natureza pedagógica e didáctica da excessiva “manualização” do ensino em
Portugal, bem como da utilização de um enorme conjunto de complementos, CDs,
cadernos de fichas, cadernos de actividades, etc., os custos para as famílias
são brutais apesar da escolaridade obrigatória ser "gratuita”conforme o disposto na Constituição.
Ainda há poucos dias escrevi aqui
no Atenta Inquietude e para o Público um texto sobre esta questão.
Continuo a pensar que seria de
considerar a possibilidade dos manuais escolares serem disponibilizados pelas
escolas e devolvidos pelos alunos no final do ano lectivo ou da sua utilização,
sendo as famílias penalizadas pelo seu eventual dano ou extravio e ficando,
assim, com "folga" para aquisição de outros materiais, livros por
exemplo.
Como é evidente, dentro desta
perspectiva, a própria concepção dos manuais escolares deveria ser repensada no sentido
de permitir a sua reutilização.
Não esqueço, no entanto, o peso
económico deste mercado e como são os mercados que mandam ...
Aliás, os interesses dos mercados
não devem ser alheios às situações referidas na queixa do Movimento pela
Reutilização dos Livros Escolares.
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