sábado, 17 de maio de 2014

教育部长 普通话 (O MINISTRO DA EDUCAÇÃO E O MANDARIM)

"Alunos portugueses vão ter mandarim nos programas do 3.º ciclo e secundário"

O Ministro da Examinação, Nuno Crato integrado na visita de Cavaco Silva à China anunciou “Há uma grande notícia”. Aguçaram-se os espíritos face a uma grande notícia saída da 5 de Outubro e … “o ensino do mandarim vai integrar de forma opcional os currículos do 3º ciclo e do ensino secundário”. Está certo, depois da deriva do ensino de Inglês no 1º ciclo surge o Mandarim no 3º ciclo e secundário.
A alguns menos avisados e até a alguns conservadores maledicentes que entendem que os problemas em matéria de currículo no sistema educativo português são bastante mais importantes e urgentes que o ensino do mandarim, a “grande notícia” pode levá-los a pensar, mais uma vez, “a montanha pariu um ©rato”. Estão errados, a decisão é, como sempre, genial.
Como sabem, o ensino do mandarim em Portugal está em alta, existe já uma oferta significativa para crianças, sobretudo no ensino particular, sempre muito atento ao mercado. Aliás, alguns pais ouvidos em trabalhos da imprensa, referem o impacto e importância futura que pode ter para as criancinhas o ensino do mandarim. O programa de privatizações que tem vindo a ser seguido autoriza esta ideia e consta que Eduardo Catroga, António Mexia e mais uns quantos também frequentam as aulas de mandarim.
Neste movimento de aproximação ao mandarim deve destacar-se o esforço visionário da autarquia de 聖約翰木 (S. João da Madeira), que já há algum tempo proporciona o ensino do mandarim em todas as escolas do 1º ciclo e tem como objectivo estender o seu ensino até ao 12º ano. Enquanto o Ministro Nuno Crato tem andado à deriva com o ensino do inglês, S. João da Madeira, deu um passo em frente e para além do inglês oferece o mandarim. Justifica a decisão como uma forma de antecipar futuros contactos comerciais com "o maior mercado da humanidade".
Há uns tempos quando li a notícia e considerando que não conseguimos ainda chegar a todos os alunos do 1º ciclo com uma segunda língua que, gostemos ou não, seria o inglês, a aposta tão forte no mandarim deixou-me um pouco perplexo.
No entanto, quando pensei melhor, é sempre tempo, comecei a perceber o alcance e a visão de decisões desta envergadura. De facto, um concelho em que todos saibam 普通話 (mandarim) é um concelho a entrar no futuro, um exemplo de antecipação do progresso, um concelho em privilegiadíssima posição negocial. Esqueçam a importância do inglês, do francês ou do alemão, são ferramentas antiquadas e inúteis. O nosso futuro passa pelo "maior mercado da humanidade", a ida de milhares de portugueses para a China e a vinda de milhões de chineses para Portugal, num tráfego infernal de charters, genialmente antecipada por Paulo Futre, exige que depois do português, ou mesmo em vez de, todos nós dominemos o普通話 (mandarim). Acresce que, como é sabido, a nossa generosa oferta de vistos Gold é muito significativamente aproveitada por cidadãos chineses que carregados de dinheiro chegam a Portugal e não têm com quem falar a não ser com os seus compatriotas de lojas e restaurantes. Não pode ser, nós portugueses temos de falar mandarim para que possamos receber os generosos cidadãos chineses que vêm realizar os seus investimentos em Portugal bem como os empresários chineses que vão comprando as nossas empresas
Os autarcas de S. João da Madeira (聖約翰木) e o Ministro da Educação (教育部) mostram como visão e audácia são o caminho para o futuro.


PS –Para o que der e vier ...  我也正在學習 (Também já estou a aprender) - Com o auxílio do tradutor do Google

2 comentários:

Anónimo disse...

O¢^°π•€ jmfs 101010%101010%£{{{¥¥^°¢℅®\01010101010 f{π§§Δ¢©™ΔΔ§√π}
(trad: eu fui obrigado a aprender linguagem Cobol e para quê? Fico chateado, claro que ico chateado)

Zé Morgado disse...

Também está certo