Educação, a última a perder!
Tal como a esperança, a Educação deverá ser a última a perder!
(...)
"Sintetizando, um olhar sobre
estes últimos tempos da educação não pode deixar de nos causar alguma
inquietação. Sabemos que a educação, a qualificação, é mais sólida ferramenta
de construção de projectos de vida viáveis e sustentados e de promoção de
mobilidade social.
A maioria das famílias irá,
evidentemente, manter os seus filhos nas escolas públicas que sofrendo forte
desinvestimento terão menos recursos, apoios e autonomia e em que os
professores serão obrigados a funcionar num registo de "contents delivery"
a turmas enormes de alunos que através de sucessivos exames passarão por uma
espécie de "darwinismo educativo" sobrevivendo os clientes mais
fortes, sendo os mais fracos enviados para o "trabalho manual".
Sopram ventos adversos, são os
mercados a funcionar, dizem, também na educação. Os clientes mais
"favorecidos", para utilizar um eufemismo frequente, comprarão bons
serviços educativos e os menos "favorecidos" ... assim continuarão.
Sendo certo que importa
racionalizar custos e optimizar recursos, combatendo desperdício e ineficácia,
o caminho que temos vindo a percorrer é justamente o contrário, o
desinvestimento na educação, do básico ao superior com custos que o futuro se
encarregará de evidenciar.
Está estudada e reconhecida de há
muito a associação fortíssima entre o investimento em educação e investigação e
o desenvolvimento das comunidades, seja por via directa, qualificação e
produção de conhecimento, seja por via indirecta, condições económicas,
qualidade de vida e condições de saúde, por exemplo.
O empobrecimento e o desinvestimento
em educação nunca poderão ser factores de desenvolvimento.
Sopram ventos adversos."
(Notas de Atenta Inquietude)
(Notas de Atenta Inquietude)
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