O calendário das consciências
determina para hoje o Dia da Mãe.
Considerando que a parte
simpática e de festa está acautelada pelas campanhas comerciais envolvendo as
ofertas para a Mãe, pelos rituais das escolas e jardins-de-infância na
construção da mais variada gama de produtos que oferecerão à Mãe e ainda pelas
reportagens da comunicação social envolvendo os meninos e as suas mães, uma
palavra de solidariedade para o lado menos bonito e simpático do Dia da Mãe,
umas palavras outras.
Uma palavra para as mulheres que
não conseguem cumprir, pelas mais variadas razões, incluindo económicas, o
sonho da maternidade.
Uma palavra para as mulheres que
tragicamente perderam filhos ficando na dramática condição de mães órfãs de
filhos.
Uma palavra para as mães que por
mais longe que tenham os filhos não deixam de ser mães, não vão de férias e
nunca se reformam.
Uma palavra para as crianças que
têm mães que não desejavam sê-lo e que, portanto, nunca aprenderam a gostar de
ser mães, adoptando os seus filhos.
Uma palavra para os milhares de
crianças institucionalizadas sem mãe na sua vida.
Uma palavra para as mulheres sós,
ou mal acompanhadas, que em situações, muitas vezes difíceis, constroem o
bem-estar dos seus filhos.
Para finalizar, António Variações
em "Deolinda de Jesus".
A minha mãe.
É a mãe mais bonita,
Desculpem, mas é a maior,
…
A minha mãe,
É a mãe mais amiga,
Certeza, com que posso contar,
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