quarta-feira, 21 de maio de 2014

COM A MAIOR NORMALIDADE, EVIDENTEMENTE

"Dispensa de classificadores de exames compromete funcionamento das escolas"

"Directores e pais não querem exames em Maio em 2015"

A narrativa que se vai construindo a propósito dos exames de 4º e 6º anos do Básico mostra, mais uma vez o absurdo entendimento de "normalidade" da equipa da 5 de Outubro.
Deslocalizam-se os miúdos para que não realizem os exames na sua escola, os miúdos do ensino público é claro, pois o ensino privado é de confiança, estabelecem-se (lembram-se da declaração que os miúdos deveriam assinar há um ano?) regras absolutamente delirante, aliás, como no recente exame de Inglês em modo Cambridge, desconfia-se dos professores impedindo-os de acompanhar os seus alunos, no passado foi assim, os exames não podiam ser vigiados por professores das disciplinas em exame.
Realizam-se a meio do período torpedeando completamente o trabalho de aprendizagem pois o período é muito curto e todo o trabalho é centrado nos exames, sendo que os que alunos que tenham insucesso terão aulas de compensação e uma "Nova Oportunidade".
Fecham-se as escolas aos alunos dos outros anos de escolaridade, obrigando os pais a aceitarem a excepcionalidade da situação sob pena de ficarem responsáveis por perturbar o que já nasceu perturbado.
Determina-se que os professores que avaliam os exames sejam dispensados das aulas mas que os seus alunos deverão tê-las, não sabendo boa parte das escolas como providenciar aulas sem professores disponíveis.
O Conselho de Escolas afirma que o MEC "anda a reboque" do IAVE que, desconhecendo a realidade das escolas, decide como entende e o MEC legitima as decições lançando a perturbação nas escolas.
No entanto, como antecipei há dias e sem surpresa, o Ministro da Educação já veio dizer que tudo decorreu com a maior normalidade e que no quadro de autonomia(?) das escolas todas as situações estão e foram devidamente acauteladas.
Na verdade tem razão, já nos habituámos a esta normalidade, uma espécie de absurdidade.

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