conforme o Documento de Estratégia Orçamental
O desinvestimento em educação é
uma imagem de marca da política seguida nos últimos anos. Conforme o conteúdo do DEO agora conhecido (pg. 45), mantém-se, lamentavelmente.
Recordo que a Conferência WISE –
World Innovation Summit for Education de 2012, em Doha no Qatar, definiu como
eixo central de desenvolvimento o investimento em educação mesmo em tempos recessivos, sublinhando
a importância da qualificação, incentivos e apoios aos professores e a relação
dos percursos educativos com o mercado de trabalho.
Sendo certo que importa
racionalizar custos e optimizar recursos combatendo desperdício e ineficácia, o
caminho que temos vindo a percorrer é justamente o contrário, o desinvestimento
na educação, do básico ao superior com custos que o futuro se encarregará de
evidenciar.
Está estudada e reconhecida de há
muito a associação fortíssima entre o investimento em educação e investigação e
o desenvolvimento das comunidades, seja por via directa, qualificação e
produção de conhecimento, seja por via indirecta, condições económicas,
qualidade de vida e condições de saúde, por exemplo.
O empobrecimento e o
desinvestimento em educação nunca poderão ser factores de desenvolvimento.
Sopram ventos adversos.
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