Chegou o Magalhães estreado numa sala de 3º ano perto de si. Nuno Crato
apresentou a "Smart School" ou "sala de aula inteligente"
que numa desinteressada parceria envolvendo a Samsung e a Leya vai colocar
meninos e professores a interagir com tablets. Primeiro funcionará numa escola
e estender-se-á a outros estabelecimentos.
Esta intenção é particularmente importante porque uma "sala de aula
inteligente" deveria obrigatoriamente substituir as "sala de aula
estúpidas" que existem nas nossas escolas. Provavelmente esta é mesmo a
estratégia de Nuno Crato, substituir a escola pública pela escola inteligente o
que é natural e coerente, uma escola inteligente, para inteligentes.
Claro que Nuno Crato afirmou na apresentação que este programa não tem a
ver com o defunto Magalhães, este é muito mais inteligente e, muito importante,
"não há nada que substitua o professor". Na verdade, certamente por
modéstia, Nuno Crato não referiu o seu importante desempenho na dispensa de
professores, já lá vão para fora das sala se aula uns milhares de insubstituíveis.
De resto e sem surpresa temos a retórica habitual sobre o papel das novas
tecnologias devidamente adaptada, o Magalhães não era um tablet, nada de novo.
Como sempre tenho dito, os miúdos têm direito, não é uma opção técnica ou
política a usufruir dos recursos mais adequados e actualizados no sentido
potenciar a sua aprendizagem e desenvolvimento bem como o trabalho dos pofessores, o que me parece interessante é
o discurso e a designação, "Smart School", as outras serão o quê?
A propósito de "Smart School" e novas tecnologias, uma outra notícia sobre uma escola que ainda não é "Smart" e passa frio colocada pelo Público, maldosamente já se vê, ao lado da notícia sobre a "Smart School" e de que deixo apenas
o título.
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