A segurança infantil é uma
matéria que deve estar de forma permanente na agenda de preocupações da
qualquer comunidade.
O estudo do ACP sobre o transporte
de crianças pequenas nos automóveis familiares e as cenas a que com alguma
regularidade assistimos mostram o que está por fazer em matéria de informação e
boas práticas. Nesta matéria, o transporte rodoviário de crianças, chamava
ainda a atenção para as condições de segurança em que por vezes são
transportadas em autocarros ou carrinhas de passageiros sob a responsabilidade
de instituições.
Continuamos a ser um dos países
com taxas mais elevados de acidentes domésticos envolvendo crianças, sendo que
os acidentes rodoviários são a maior causa de morte entre crianças e
adolescentes.
Neste cenário todas as
iniciativas promotoras de protecção e de segurança dos miúdos são, por
princípio, positivas embora me pareça, como sempre, necessário usar de algum
bom senso e evitar excessos de zelo que também não são positivos, ainda que em
matéria de segurança infantil o excesso seja melhor que o defeito.
Aliás, parece-me importante registar
que num tempo em que os discursos e as práticas sobre a protecção da criança
estão sempre presentes, também se
verifica um número altíssimo de acidentes o que parece paradoxal. Por um lado,
em muitas circunstâncias diárias protegemos as crianças de forma que, do meu
ponto de vista, me parece excessiva face às suas necessidades de autonomia e
desenvolvimento e, por outro lado e em muitas outras situações, adoptamos
atitudes e comportamentos altamente negligentes e facilitadoras de acidentes
que, por vezes, têm consequências trágicas.
E não vale a pena pensar que os problemas só
acontecem aos outros.
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