Ao que parece, a transformação do Cinema Londres numa loja, sempre útil diga-se, de artigos chineses, está a levantar algumas inquietações, motivando protestos e abaixo assinados de pessoas que não aceitam que desapareça uma das mais emblemáticas salas de cinema de Lisboa, não uma das salas para ver filmes e comer pipocas que passámos a ter.
Num país e num tempo em que, entre outros exemplos, entregámos a EDP aos chineses, entregámos também os Seguros da CGD aos chineses, os vistos dourados têm como privilegiados clientes os chineses, aumenta o ensino do mandarim, em S. João da Madeira destinam-se a todos os alunos do concelho, etc. acho uma chinesice, por assim dizer, protestar pelo facto de desaparecer o Cinema Londres para se transformar numa loja de artigos chineses.
Deve ser a isto, evidentemente, que chamam globalização e desenvolvimento, deixemo-nos, pois, de chinesices e romantismos ingénuos e fora de época. Que se venda ou alugue o país, por atacado ou à peça, em bijouterias dos trezentos.
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