Sou dos que entendo que rever uma má decisão é sinal de inteligência e competência, mas talvez não fosse má ideia que na 5 de Outubro se pensasse um pouco, não seria necessário muito tempo, antes de decidir.
Estando sempre a produzir um discurso assente na retória do mérito e da sua valorização e nos tempos difíceis que correm, retirar a meio do ano as bolsas de mérito previstas para os alunos com melhores resultados e beneficiários da Acção Social
Escolar que frequentam cursos profissionais e cursos de Educação e
Formação, não lembra ao diabo. Estas bolsas para além do seu valor enquanto
prémio ao trabalho desenvolvido, são muito significativas para os alunos e famílias que as recebem.
No mesmo sentido, o MEC também recuou na decisão de retirar
os apoios para visitas de estudo a alunos carenciados, uma daquelas decisões que só
a um burocrata que não sabe da vida e não sabe de pessoas podia passar pela
cabeça, os miúdos carenciados cujas famílias não pudessem suportar o custo de
uma visita de estudo, ficariam na escola a ver partir os seus afortunados
colegas para a visita de estudo que lhes ficaria inacessível. Nunguém os manda ser pobres, vão trabalhar.
Mau demais para ser verdade.
Bom, mas pelo menos nisto, o MEC andou às arrecuas.
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