... não merece castigo, diz o povo. No entanto, como se sabe, o povo não tem sempre razão.
O Ministro Aguiar-Branco, numa espécie de momento Machete, esticou-se, fugiu-lhe a boca para a verdade.
Provavelmente, a seguir virá dizer, tal como como Machete que não disse o que disse, que se tratou dé uma inconsistência factual ou, em modo Crato e bastante mais sofisticado, que as suas palavras terão sido alvo de uma "conjecturável ambiguidade".
Na verdade, o Ministro Aguiar-Branco, desajeitado e pomposo, enganou-se no guião, era para falar do interesse nacional, do bem estar comum, da excelência e do sucesso das decisões e das políticas, blá, blá, e pimba, espalhou-se, foge-lhe a boca para a verdade e afirma que a decisão foi mesmo uma opção ideológica, não teve nada a ver com economia ou interesse nacional. Está certo, nós sabemos, e não é só com os estaleiros, é com a saúde, com a educação, com os CTT, com as águas, com os transportes, com ...
É azar do homem, de vez em quando desatina, diz o que não deve a quem não deve.
O problema é que as opção ideológicas nos saem caras a nós embora, evidentemente, sejam benéficas para alguns, poucos. A MARTIFER, por exemplo, que o diga.
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