Era uma vez um homem chamado Diferente. A família sempre o considerou diferente e Diferente ficou para sempre.
Desde pequeno, ainda na escola, o achavam diferente de todos. Os colegas entendiam que era diferente e, muitas vezes, tratavam o Diferente de forma diferente.
Os professores também o achavam diferente, muito diferente.
Os vizinhos desde que conheciam o Diferente também o consideravam diferente e, por isso, de maneira diferente se relacionavam com ele.
O Diferente foi-se acostumando à ideia de que era diferente. Assim, cresceu diferente, viveu diferente e morreu diferente.
Quando o Diferente partiu, todas as pessoas, com um ar ansioso, começaram a olhar à sua volta. Precisavam, urgentemente, de encontrar outro Diferente que as fizesse sentir, tranquilamente, iguais.
2 comentários:
Lindo! já o partilhei no facebook e com a devida referência acho que o vou utilizar como abertura numa comunicação sobre o peso da terminologia usada para classificar as pessoas com limitações funcionais. Parabéns
Disponha, obrigado
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