Era uma vez um homem chamado Contente. Estava sempre com o ar mais feliz que se possa imaginar. Nada de menos positivo parecia incomodá-lo.
Não se preocupava com nada que pudesse perturbar o seu contentamento, nem sequer lia jornais ou via televisão para não estragar o estado de felicidade em que, permanentemente, vivia. A relação do Contente com as pessoas era a melhor possível, sem sombra de atrito.
Na sua perspectiva, o Contente tinha a família perfeita, a casa perfeita o carro perfeito, as rotinas perfeitas, enfim, a vida perfeita.
O Contente sentia-se a pessoa mais feliz do mundo, do seu mundo, um mundo perfeito.
Um dia, inesperadamente, faleceu.
Quando procederam aos exames necessários para determinar a causa, os médicos descobriram que, surpreendentemente, o Contente era apenas um invólucro. Por dentro, havia nada.
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