Hoje à hora do chá que tomava ao balcão de um café de bairro, começo a ouvir ao meu lado uma pessoa que, visivelmente agitada e com a voz no mesmo estado, se queixava para a acompanhante da desgraça infernal em que se tinha transformado o seu dia.
Tudo tinha corrido mal, as tarefas não lhe saíam bem, estava nervosa, impaciente e sentia-se completamente impotente para reverter o seu mal-estar.
A outra pessoa apenas ouvia.
Na verdade, continuava a pessoa agitada, estava desejando chegar a casa para ver se recuperava do dia horrível que tinha, e estava a passar, que, aliás, nunca mais chegava ao fim. Sentia-se num autêntico suplício. Nunca tal lhe tinha acontecido e nem sequer encontrava explicação para tamanho problema.
Percebi que se tinha esquecido do telemóvel em casa.
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